AFRIC@NYCE: novembro 2010

As nossas crianças

Os olhares das nossas crianças...

Até breve
AK

A Caminho da Barra do Dande

Domingo passado fomos passear à Barra do Dande e, como o próprio nome indica, trata-se da foz do Rio Dande.Fica a uns 50 km a norte de Luanda.

Próximo da Barra do Dande passamos por um 'complexo turístico' chamado Turitanga que tem uma vista espectacular, como podem ver pelas fotos a seguir, sobre o Rio Dande.

Até breve

AK

Passeio à Muxima

Na semana passada fomos passear à Muxima, no município da Kissama. A Muxima fica a cerca de 130 km da cidade de Luanda, pela estrada de Catete. Algures viramos em direcção À Cabala/Muxima.
Até à Cabala a estrada está boa no entanto, tivemos de fazer um troço de cerca de 40 km em estrada de terra batida entre a Cabala e a Muxima. A minha filhota adorou pois parecia que estavamos a andar numa montanha russa. Cada vez que saimos ela pergunta se vamos andar numa estrada que se pareça com uma montanha russa... Em baixo podem ver a duas pontes para atravessar o Rio Kwanza. No entanto, ainda temos de usar a "ponte" velha (à direita na foto de baixo) pois a nova ainda não está acabada...

A família feliz na Cabala, com a ponte nova por trás.

A Muxima é um local de culto onde se encontra a imagem da Nossa Senhora da Conceição mais conhecida por Senhora da Muxima, que em kimbundo significa "Senhora do Coração". Devido à sua importância actual e histórica a Igreja foi considerada monumento nacional em 1924. Em baixo encontra-se uma foto da nova Igreja da Muxima.

Vista do Rio Kwanza, da velha Igreja da Muxima.

Até breve.

AK

Kalandula (cont.)
A Igreja de Kalandula, em baixo.

A bomba de gasolina da Sonangol, em frente à "pensão do meu avô", onde era a antiga bomba.

AK

Kalandula (ex-Duque de Bragança)
Em Agosto fomos a Malange com os nossos amigos Isabel, António, Rui e Inês. Eles desafiaram-os e nós aceitámos o desafio com bastante entusiasmo, principalmente, porque estava a ir à minha terra. Este foi um passeio de "regresso ao passado". Fui incumbida pela minha mãe de visitar Kalandula (a terra da minha mãe) e outras paragens. Ver, fotografar, memorizar tudo o que pudesse para depois fazer a "reportagem".

Esta visita a Kalandula foi de uma emoção sem tamanho. Os nossos amigos tinham marcado dormida numa pensão - Pensão Yolaca - que viemos a saber mais tarde, por um rapaz de nome Décio, que era a pensão do meu avô - Manuel Pires Diogo. Bombardemos o rapaz de peguntas sobre a pensão e sobre a minha família, as quais a maioria não sabia responder. Ele depois disse: "o melhor é eu falar com o meu pai que ele trabalhou na pensão nessa altura e de certeza que ele se lembra de tudo. Ele é a pessoa indicada para falar convosco".

Nessa noite eu só perguntava ao meu marido se aquele teria sido o quarto onde a minha avó tinha dormido, ou a minha mãe...

No dia seguinte conhecemos o Sr. Paiva. Ele falou do meu avô, da minha avó, da minha mãe, do meu pai (que namorava a menina Télinha), ... Eu não consegui conter as lágrimas. Nunca me tinha acontecido regressar a um local com tanta história sobre a minha família, e onde a minha família fez história e deixou marcas. Ainda hoje há pessoas que se lembram do bem que eles fizeram por Kalandula. O Sr. Piva disse: O seu avô falava melhor a minha língua do que eu. Ele é que me ensinou a falar Kimbundo.

Só tenho pena que tenha havido uma guerra que nos fez a todos ir para Portugal... Mas é assim a vida. Quem diria que eu voltaria à Angola depois de 32 anos...

Só tenho pena de não termos conseguido ir ao Quela. Era o sítio onde viviamos antes de irmos para Portugal. Desse é que eu tenho poucas, mas algumas memórias.

Beijos

AK

Pedras de Pungo Andongo
Há umas semanas fomos visitar a minha terra, Malange. Um dos locais que pretendíamos visitar durante este périplo eram as Pedras de Pungo Andongo. Estas localizam-se no município de Cacuso, na Província de Malange. Como vocês podem ver pelas fotos em baixo, estas pedras são umas formações rochosas belíssimas.

Segundo a lenda, nas Pedras de Pungo Andongo encontram-se umas pegadas que pertencem à Rainha Ginga ou Rainha Nzinga Mbandi Ngola. Esta foi uma rainha dos reinos do Ndongo e de Matamba, no Sudoeste Africano, no Séc. XVII.