quarta-feira, 12 de março de 2008

Cheiros e sabores inconfundíveis...

Impressionante, como é a nossa memória no que diz respeito a cheiros e sabores... Nós até podemos nos esquecer de determinadas coisas e do seu aspecto físico mas de cheiros e sabores, muito dificilmente nos esquecemos...
Eu estava 'farta' de ouvir a minha irmã falar do fruto do cajueiro - o cajú -, do seu cheiro tão característico e de como era delicioso. Eu dizia-lhe: "não me lembro nada do fruto, nem do seu cheiro...". Pois é, hoje comprei um 'monte' de cajus. Sim, porque aqui na terra compra-se o monte e não o quilo de... monte de goiaba, monte de maracujá, monte de pitanga, monte de qualquer-coisa-que-seja-possível-fazer-monte... E, para vossa informação, paguei 500 Kz por 9 unidades (o equivalente a 5 €), depois da negociação necessária antes de pagar e fechar negócio...
De facto, hoje, quando vi a cesta de cajús na cabeça de uma senhora, vi que me lembrava daquele aspecto, daquele formato... Só não consegui associar o nome... Quando o Teo me disse: "D. Paula, aquele fruto é o cajú", eu disse-lhe "pára o carro e ajuda-me a escolher". Quando cheirei o cajú, fiquei impressionada... era o tal cheiro característico, inconfundível e indescritível que a minha irmã falava e, que eu afirmava não me lembrar. Quem cheirou este aroma uma vez, nunca mais se esquece. Até se pode esquecer do fruto em si, mas não do seu cheiro nem do seu sabor... A nossa memória olfactiva é, de facto, impressionante e espectacular...
Assim que cheguei a casa fui imediatamente lavar um para experimentar o seu sabor, que há tanto tempo eu não sentia e já não me lembrava. Fiquei logo com os dentes ásperos... mas soube divinalmente... Só me vinham à memória as conversas com a minha irmã :)
Aquele aperitivo fantástico, que habitualmente comemos (simples, salgado ou picante) a acompanhar uma bebida, é a parte de cima do fruto - a castanha de cajú (ver fotos em baixo). Que depois de seca e torrada, se transforma naquele apetitoso aperitivo...hummm
Só tenho pena de não conseguir enviar um pouquinho deste cheirinho maravilhoso...
Já não é a primeira vez que, um simples cheiro (que pode ser de um fruto, ou não), me recorda a minha infância, aqui em Angola.

P.S. Peço desculpa pela qualidade das fotos mas foram tiradas com o telemóvel. A minha máquina fotográfica avariou. Mas dá perfeitamente, para vocês terem uma ideia do fruto.

1 Comentários:

Blogger arianams disse...

Eh pá! Também quero!
Quero comer caju e guardar na minha memória esse saborzinho que parece delicioso!
Beijinhos com saudades

Ari

13 de março de 2008 às 17:37  

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